Ao princípio da
madrugada de sábado passado, logo a seguir à reunião do Conselho da Revolução,
os oficiais do Grupo dos Nove ("os nove" mais os que subscreveram o
documento) reuniram-se numa ceia de confraternização em casa de um deles.
Durante o encontro (que decorreu mum ambiente de franca camaradagem, a provar o
"espírito de corpo" construído no Verão quente de 75) foi descerrada
uma lápide na sala onde se realizaram a maior parte das reuniões, assinalando o
"Quartel General da Resistência". Falta dizer que o QG se localiza na
casa do comandante Gomes Mota.
Ainda no âmbito
das comemorações do "Documento", muitos dos oficiais que o
subscreveram reuniram-se num almoço de confraternização que decorreu
também num óptimo ambiente de camaradagem. Local: um restaurante ali para os
lados de Santos, onde, há um ano, os "Nove" se encontravam com
frequência..."
Foto e texto publicados
no semanário " O Jornal" na sua edição de 13 a 19 de Agosto de 1976
Nota - A propósito das reuniões
organizadas pelo “Grupo dos Nove”, recebemos do coronel Costa
Braz um comentário a esta publicação, que dada
a importância histórica que lhe está subjacente, achamos por
bem aqui transcrevê-lo. Começa assim o texto do antigo
ministro da Administração Interna:
“Antecedendo o 25 de
Novembro de 1975, durante o chamado "verão quente", um núcleo de
afectos ao que ficou conhecido por "grupo dos Nove" e que vieram a
ter relevância particular na conduta militar vitoriosa nos eventos
desencadeados naquele dia, reunia-se com frequência no sótão da casa do
Comandante Gomes Mota, onde passado um ano se tiraram as fotografias com uma
placa comemorativa.
Outro ponto de encontro
do mesmo grupo ou parte dele, era o 1º andar (não público) do Restaurante O
Chocalho, em Santos, que apesar de tudo proporcionava recato suficiente para os
assuntos que ali se debatiam.”
Costa Braz - 21 de
Janeiro de 2011