António
Almeida Santos em 1991. Acompanha-o à viola, Manuel da Costa Braz.
O socialista, que morreu ontem aos 89
anos, aprendeu o fado enquanto estudava Direito em Coimbra e chegou a gravar um
álbum. Oiça-o cantar num comício.
"É uma voz outonal a que registo,
já sem a sonoridade de outrora. Mas é a que me sobra. Já não tenho outra. E
cada um vai às cantigas com as cordas vocais que tem. Registo também umas
variações em ré menor, para guitarra, que compus nos meus recuados tempos de
aprendiz de guitarrista."
d
Foi António de Almeida Santos, ministro
dos quatro governos primeiros governos provisórios, um dos principais
responsáveis pelos processos de descolonização que seguiu o 25 de abril,
ex-presidente da Assembleia da República, e eterno socialista, quem escreveu
estas linhas. Constam no álbum que gravou em 2000, Coimbra no Outono da Voz.
f
O socialista, que morreu na
segunda-feira aos 89 anos, aprendeu o fado em Coimbra, onde estudava Direito.
Nessa cidade a que, no mesmo texto, chamou "a cidade que mais amo" -
"revolucionária quando foi preciso" - integrou o Orfeon Académico e a
Tuna, e aprendeu a manejar a guitarra com António Brojo. Deixaria como herança
aquelas que refere no texto como "umas variações em ré menor" e cuja
partitura está ainda disponível.